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terça-feira, 29 de junho de 2010

Hortênsias

No meu jardim as hortênsias assim que sentiram o sol a aquecer-lhes as folhas, as grandes folhas elípticas com cerca de 18 cm. de comprimento, folhas verdes e largas
... folhas bonitas de se verem, que só por si já alegravam o jardim... mas como eu comecei a dizer, assim que sentiram o calor do sol começaram a florir por todo o lado, todas ao mesmo tempo!
Tenho-as de várias cores, o que ajuda a que o meu jardim se pareça um pouquinho com a paleta de um pintor... Há algumas que são brancas... há as rosa, que vão desde o rosa clarinho até a um rosa bem forte, quase rubro...
e depois há as azuis... mais claras... mais escuras... até ao roxo!
E reparem bem na perfeição destas flores. Cada uma delas é composta por pequenas flores de 4 pétalas, formando um lindo e radioso ramo. Elas são realmente a alegria de um jardim, fazem uma jarra soberba, enfeitam qualquer ambiente!
São originárias do Japão. Cada arbusto pode atingir até 4 metros de altura! Nas ilhas dos Açores elas nascem nas encostas das ilhas, bordejam os caminhos, separam os campos de cultivo. Vistas de longe são um espectáculo que não se esquece...
Estas que aqui vedes são diferentes.
São hortênsias da Ilha da Madeira. Diferem das outras não pelas cores que são idênticas, mas na maneira em que as pequenas flores que formam o ramo, crescem e se desenvolvem.
Como aqui se pode ver bem, as pequenas flores crescem com vigor na periferia, enquanto no centro os pequenos botões permanecem fechados...
Todas elas são as hortênsias, flores lindas, coloridas, que a Natureza nos empresta em cada começo de Verão, para que nos lembremos em como ela é pródiga em milagres de beleza!...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

HÁ MIMO NOVO!!

Há realmente miminho novo. Quem quizer, pode ir buscá-lo no blog dos mimos
htt://maganovomaga.blogspot.com

Mas também quero mostrar-vos este carrinho amoroso com que deparei. Tem uns olhos lindos ou talvez sejam óculos de sol, não sei bem, mas também não interessa... o que está em causa é que está sorridente, bem disposto! Será talvez dum daqueles condutores bem educados, que no trânsito se saiba comportar como pessoa civilizada, sem querer ser o rei da estrada, o mais-poderoso, o único com direito a conduzir... Será? É que se fôr, é uma raridade e merece por isso ser aplaudido!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Santos Populares

Todos os anos se festejam os Santos Populares no meu bairro... se eu estivesse no Brasil, eu diria que era a Festa Caipira, o que teria muito mais graça. Mas estou em Portugal e portanto são os Santos Populares...
No meu bairro a festa é no adro da igreja e há a venda, pelos escuteiros, de lindos manjericos com seus cravos de papel e suas quadras alusivas á época!
A igreja bem iluminada, enche de luz todo o ambiente, que se quer de festa!
As luzes com seu esplendor, os festões de papel colorido, os balões também de papel, só por si, já fariam o ar vibrar de alegria e de festa...
Mas há mais! Há as tasquinhas coloridas e enfeitadas...
Há a bela sardinha assada, que é a convidada de honra de todo o arraial, há o chouriço e as febras, todas assadas na brasa e há no ar o fumo do carvão que voa contente, misturado com o cheiro forte de todos os petiscos...
E claro, por entre o cheiro forte da sardinha assada e as luzes que cintilantes brilham vaidosas, há a musica (eu ia a dizer caipira), musica saloia, musica mexida e barulhenta não vão os pés adormecer e a dança esmorecer...
Entretanto e para não cansar, vem o cheirinho gostoso do pão a cozer, do bolo de caco quase pronto e já se sente na boca o sabor da manteiga a derreter com a quentura do pão... (faz mal, mas que se há-de fazer? ...sabe bem...)
E vem a fresca salada a acompanhar a sardinha e as boas batatinhas...
Mulheres atarefadas, em cozinhas improvisadas, preparam com esmero as coisas boas que á mesa nos vêm parar... Mas atenção, que a salada para ser boa, tem de ser arranjada por uma doida, temperada por uma tarada e mexida por uma maluca..
E a festa continua...
Enquanto não chega o caldo verde a barraca das rifas chama por nós. A tentar a sorte vão-se gastando os trocados que tilintavam no bolso, enquanto as mãos se enchem de objectos que não servem para nada, que não queremos para nada...
Mas a festa continua noite fora... Há ainda o arroz doce, cremoso e ainda morno, as filhoses acabadinhas de fritar, mil e um bolos para provar... se a sede apertar, há a gostosa sangria ou porque não, a fresca cerveja...
Enfim, Viva Stº-António, S.João e S.Pedro para a festa promover, para a barriga encher e se não queremos acabar as festas mais redondinhas e anafadinhas, é bom que se dance até bem tarde, até os pés gritarem por socorro, ou até a voz esganiçada do cantor(a) se perder sem fôlego, resvalando no verso quase acabado...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Limões

Meu limoeiro ficou maluco! Ou então ninguém lhe explicou que tem as cores ao contrário... as folhas de qualquer árvore que se preze de o ser, terão de ser verdes! E os frutos, neste caso particular os limões, deveriam ser bem amarelinhos (até se costuma dizer "amarelo como um limão").
Mas que hei-de eu fazer? Acostumar-me... no meu jardim acontecem coisas assim!

A todos os amigos:
No blog "Maga-Mimos e Selinhos" há uma lembrança para quem quiser...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Damasqueiro e Damascos

Lembram-se do damasqueiro de lindas flores, mimosos rebentos que mais tarde já mostrava belos frutos verdinhos?
É este o nosso amigo, carregadinho de frutos verdes, sem graça, sem gosto... se a amiga raposa passasse perto diria (e desta vez com razão): -Estão verdes, não prestam...
Mas o tempo passa, a Natureza faz o seu percurso e o fruto que não prestava, cresceu, "inchou" e o Sol amigo pegou em sua paleta de cores e deu-lhe alguma cor... alguma beleza...
E o Sol amigo teimou e teimou... e as cores da sua palete ganharam mais vida, mais calor e a cor passou a ser chamativa e apetitosa...
Assim é a Natureza, tudo tem o seu tempo... Primeiro vêm pequenos rebentos de folhas minúsculas... Depois surgem as lindas flores que enchem de alegria os olhos sedentos de beleza e onde os insectos saciam a fome sugando seu néctar... Dessas flores tão mimosas e ao mesmo tempo tão magníficas, saem os frutinhos pequenos, da cor das folhas... que vão crescendo, crescendo, sempre verdes, fazendo inveja ás folhas que por sua vez vão escurecendo, querendo sobressair no meio de tanto verde... Mas enquanto os frutos sedentos de Sol vão inchando de orgulho pela admiração que despertam a quem para eles olha, também a cor, anteriormente tão verde, se vai transformando aos poucos, passando dum verde amarelado para um lindo amarelo brilhante, ás vezes rosado, ás vezes avermelhado!
E quando os frutos pendem da árvore, grandes, maduros, coloridos... o chilrear dos pássaros famintos, esvoaçando em seu redor, atraídos pela cor e pelo aroma que exalam, apressam a apanha... se o dono do damasqueiro se distrai... os passaritos esfomeados vão provando aqui e ali... deliciando-se com a doçura e a frescura de um belo damasco maduro!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Há Alegria

O que aqui podeis ver é uma simples roseira... ela cresceu, cresceu e continuou crescendo. Foi-me oferecida, há muitos anos, num pequeno vaso, tendo-me sido explicado que era uma roseira de Stª.Terezinha, de minúsculas rosas brancas... Viveu cerca de 1 ano no seu vaso de origem, feliz e contente, mas sempre igual. Decidi, mas com receio, não fosse a plantinha estranhar, transplantá-la para o jardim. Ficou mais ou menos 2 anos vegetando, sem morrer mas sem evoluir, ás vezes quase que desaparecia... Até que... desatou a crescer! Ás vezes, depois de florir, tem de ser cortada, ou quando fica feia, mas sempre o mínimo possível. É quase uma árvore! No principio de cada Primavera ela cobre-se de rosas que já não são brancas, são de um rosa muito pálido, que enchem o ar daquele cheirinho inebriante que traz até ao meu jardim todo o tipo de criaturas de Deus...
E se bem podeis ver, nesta Primavera das surpresas, vieram atrás desse cheirinho gostoso um casal de melros... não os mesmos daquela outra postagem que fiz, esses já criaram os filhotes, já os ensinaram a usar condignamente as asas, talvez voltem o ano que vem... E serão bem vindos!
Estes são outros, chegaram á minha roseira, construiram um belo ninho, casa de uma única divisão, não necessitam de mais... e atarefados, revezando-se na tarefa árdua de alimentar os biquinhos esfomeados que os esperam abertos e sonoros, andam cá e lá trazendo no bico minhocas... que sei eu...
E vêm e vão...
A única coisa que consigo ver, entre o emaranhado de ramos, flores algumas já secas, folhas e espinhos, muitos espinhos... é o fundo do ninho e rabinho bem negro de um dos pais... não importa qual...
E eles vêm e vão, vêm e vão sempre na procura desesperada de alimentar os pequenotes famintos, para que depressa se façam fortes, para que depressa levantem voo e vão bem alto, cortando o vento com asas fortes, em busca de outros horizontes, talvez de outra roseira de cheiro inebriante, de espinhos protectores e sombra fresca...
Abençoada seja a Vida!